SÃO TOMÉ E PRINCIPE
São Tomé e Príncipe é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (São Tomé e Ilha do Príncipe) e várias ilhotas, num total de 964 km², com cerca de 160 mil habitantes. Estado insular, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria.
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As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém, Pêro Escobar e João de Paiva as descobriram. A cana-de-açúcar foi introduzida nas ilhas no século XV, mas a concorrência brasileira e as constantes rebeliões locais levaram a cultura agrícola ao declínio no século XVI. Assim sendo, a decadência açucareira tornou as ilhas entrepostos de escravos.
Numa das várias revoltas internas nas ilhas, um escravo chamado Amador, considerado herói nacional, controlou cerca de dois terços da ilha de São Tomé. A agricultura só foi estimulada no arquipélago no século XIX, com o cultivo de cacau e café.
Em 1960, surge um grupo nacionalista opositor ao domínio português. Em 1972, o grupo dá origem ao Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP), de orientação marxista. Assim, em 1975, após cerca de 500 anos de controlo de Portugal, o arquipélago é descolonizado.
Após a independência, foi implantado um regime socialista de partido único sob a alçada do MLSTP. Dez anos após a independência (1985), inicia-se a abertura económica do país. Em 1990, adota-se uma nova constituição, que institui o pluripartidarismo.
São Tomé e Príncipe têm apostado no turismo para o seu desenvolvimento, mas a recente descoberta de jazidas de petróleo nas suas águas abriu novas, embora ainda mal definidas perspectivas para o futuro. A actividade pesqueira continua a ser uma das principais actividades económicas do país. O país continua também a manter estreitas relações bilaterais com Portugal.
Gastronomia de são Tomé e Principe
.Herança cultural de são tumé
Dispondo de vasta extensão marítima, é natural que o peixe seja um elemento proeminente na cozinha são-tomense. Os peixes são normalmente muito frescos o que os torna mais saborosos. Para os apreciadores de mariscos, a lagosta, a santola, o búzio, o polvo e o choco são muito apreciados.
Por outro lado, a existência de terras férteis e vegetais em abundância conferem um sabor especial a culinária são-tomense. A banana é confeccionada de várias formas, cozida, frita ou assada acompanhada de legumes com o peixe cozido ou grelhado. O calulú, prato tradicional muito apreciado por famílias são-tomenses que assemelha-se a uma sopa com peixe seco ou carne, serve-se acompanhado de puré de banana ou de arroz cozido. De uma forma geral, a cozinha são-tomense é rica e com elevado valor nutritivo em proteína animal e vegetal.
Por outro lado, a existência de terras férteis e vegetais em abundância conferem um sabor especial a culinária são-tomense. A banana é confeccionada de várias formas, cozida, frita ou assada acompanhada de legumes com o peixe cozido ou grelhado. O calulú, prato tradicional muito apreciado por famílias são-tomenses que assemelha-se a uma sopa com peixe seco ou carne, serve-se acompanhado de puré de banana ou de arroz cozido. De uma forma geral, a cozinha são-tomense é rica e com elevado valor nutritivo em proteína animal e vegetal.
A herança cultural são-tomense também está patente na gastronomia, através de pratos com origens tão diversificada particularmente Portugal e Cabo Verde.
Ingredientes
500 grs de camarão descascado
1 dl de óleo-de-palma
1 kg de garoupa
5 quiabos
2 tomates maduros
2 beringelas
500 grs de camarão descascado
1 dl de óleo-de-palma
1 kg de garoupa
5 quiabos
2 tomates maduros
2 beringelas
1 raminho de manjerona
sal a gosto.
1 folha de louro
piripiri a gosto.
2 cebolas
20 grs de farinha
sal a gosto.
1 folha de louro
piripiri a gosto.
2 cebolas
20 grs de farinha
Preparação
Depois do peixe arranjado e lavado, corta-se às postas não muito finas.
Leva-se um tacho ao lume com a cebola picada, a beringela descascada e cortada às rodelas, o tomate sem peles nem sementes e picado, os quiabos cortados ao meio, piripíri pisado, o molhinho de manjerona, a folha de louro, o peixe e os camarões.
Tape o tacho e deixe ferver um pouco.
A seguir adiciona-se água a cobrir e deixa-se cozer.
Quase no fim da cozedura, mistura-se a farinha desfeita num pouco de água, junta-se esta à mistura do preparado, agita-se o tacho para misturar e deixa-se engrossar o molho.
Sirva acompanhado com Angu de Banana.
O calulu de peixe é preparado numa panela, na qual se intercalam camadas de peixe seco e de peixe fresco, com os demais ingredientes. É cozido em lume médio e servido com funge e feijão com oléo de palma. Em São Tomé e Príncipe, o calulu de peixe pode ser preparado também com camarão.
Leva-se um tacho ao lume com a cebola picada, a beringela descascada e cortada às rodelas, o tomate sem peles nem sementes e picado, os quiabos cortados ao meio, piripíri pisado, o molhinho de manjerona, a folha de louro, o peixe e os camarões.
Tape o tacho e deixe ferver um pouco.
A seguir adiciona-se água a cobrir e deixa-se cozer.
Quase no fim da cozedura, mistura-se a farinha desfeita num pouco de água, junta-se esta à mistura do preparado, agita-se o tacho para misturar e deixa-se engrossar o molho.
Sirva acompanhado com Angu de Banana.
O calulu de peixe é preparado numa panela, na qual se intercalam camadas de peixe seco e de peixe fresco, com os demais ingredientes. É cozido em lume médio e servido com funge e feijão com oléo de palma. Em São Tomé e Príncipe, o calulu de peixe pode ser preparado também com camarão.
Angu de Banana: pasta de banana para comer com calulu Ingredientes · 10 bananas Confecção: Leve um tacho ao lume com as bananas com casca e água para cozerem. Depois de cozidas, descascam-se e desfazem-se bem com um garfo. É um óptimo acompanhamento para peixes. |
Polvo à S. Tomé Ingredientes: .2 cebolas · 1 kg de polvo fresco · 0,5 dl de vinagre · piripiri q.b. · sal q.b. · 1 dl de óleo de palma · 1 folha de louro · 1 tomate maduro Confecção: Em primeiro lugar sova-se um pouco o polvo para amolecer. Depois lava-se muito bem para tirar toda a viscosidade. A seguir corta-se o polvo aos bocados. Leva-se um tacho ao lume com o óleo-de-palma, a cebola picada, o tomate sem peles nem sementes também picado, a folha de louro, piripiri pisado e o polvo. Tapa-se o tacho e deixa-se cozer em lume brando mexendo de vez em quando. Depois de cozido adiciona-se o vinagre, deixa-se ferver mais um pouco com o tacho tapado. Retire o tacho do lume e rectifique os temperos. Sirva acompanhado com Papas de Farinha de Mandioca (ver receita). |
COZIDO DE BANANA - É um prato tipicamente santomense.
INGREDIENTES
BANANA DE PÃO cozido
PEIXE COZIDO OU ASSADO
AZEITE DE PALMA
PIRIPIRI
Eduardo Malé Fernandes nasceu en São Tomé e Principe no ano de 1973. Começou cedo a explorar o mundo da expressão artística viajando em diferentes áreas, como a pintura, a elturscua e o desenho. É, no entanto, na escultura que emerge a dimensão plástica e experimental do artista, com a fusão de materiais orgânicos e a definição de “uma linguagem de maior autonomia”.
O reconhecimento de Eduardo Malé veio com os convites para participar, entre outros, nas sucessivas Bienais Internacionais de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe, na exposição PORTÁFRICAS, na Galeria Almeida Garrett, no Porto (2003), na exposição Uma Casa no Castelo, resultante da colaboração entre a Transforma e a ESAD.CR, na Casa do Castelo, em Torres Vedras (2007), e, mais recentemente, no Meeting São Tomé e Príncipe em Amsterdão, promovido pela Fundação Clifford Chance (2009). Já expôs individualmente no Centro Nacional de Cultura em Lisboa (2002), no Instituto Camões – Centro Cultural Português em São Tomé (2002), na Galeria Teia de Arte em São Tomé e Príncipe (2003), na Galeria Mouzinho de Albuquerque, na Batalha (em diferentes datas) e, mais recentemente na Espaço Cultural Café com Arte em Coimbra (2008) e na Alliance Française (2009).
Eduardo Malé Fernandes
CONHEÇA ALGUMAS FRUTAS DE SÃO-TOMÉ E PRINCIPE